terça-feira, 27 de maio de 2008

Sociedade Civil Organizada e a Internet

RESUMO
Este texto procura entender as possibilidades encontradas pela sociedade civil organizada na rede de comunicação virtual, a internet. Parte-se primeiramente, de uma reflexão acerca da sociedade informacional e da modernidade, seguindo para a noção de sociedade civil organizada e de redes de movimentos sociais.

Palavras-Chave: sociedade informacional, modernidade, sociedade civil organizada, rede, internet, ciberativismo.

1. INTRODUÇÃO
Reflexões sobre as novas tecnologias e sua influência na sociedade, têm sido feitas por alguns teóricos, a citar Anthony Giddens e Manuel Castells. Para este artigo, são trazidas, de forma sucinta, as análises feitas por esses autores no que diz respeito à sociedade informacional e a modernidade, considerando que seus pensamentos são relevantes para refletir sobre a temática central desse texto.

Castells (1999) salienta que até certo ponto é impróprio falar de sociedade informacional, todavia, frisa que poderia se dizer o mesmo de sociedade industrial. Esse autor considera (…) que a sociedade industrial é o que é não pelo fato de ter indústrias mas por permear as formas sociais e tecnológicas de organização industrial presentes em todas as esferas de atividade (sistema econômico, tecnologia militar, objeto e hábitos de vida). (SOUSA, 2005, p. 24).

Os avanços na tecnologia de comunicação, em especial a internet, interferem no cotidiano social. As pessoas acabam tendo que aderir às novas ferramentas, por questões econômicas, políticas, informacional, além de tantas outras razões. E a sociedade civil organizada não é diferente. Ela percebeu a possibilidade de ampliar o alcance do conhecimento de suas lutas entre as organizações que a compõem e de difundir também para a sociedade como um todo, muitas vezes influenciando a opinião pública.

2. SOCIEDADE INFORMACIONAL
De acordo com Sousa (2005), falar em sociedade informacional no singular para Castells daria a entender que há uma homogeneidade das formas sociais em todos os lugares sob o novo sistema. Ao contrário, as sociedades são marcadas pelas diversidades. Pelo ponto de vista de Castells, o que existem são sociedades informacionais, porque elas têm especificidades, ainda que compartilhem de paradigmas globais da reestruturação do capitalismo, como o econômico e o tecnológico. No entanto, segundo Castells, há características comuns presentes nos sistemas sócio-técnicos das sociedades.

Sousa (2005) acrescenta que o autor faz distinção entre “sociedade da informação” e “sociedade informacional”. Na primeira, vista em seu sentido mais amplo e tomada como comunicação de conhecimento, a informação é fundamental para as sociedades. Já “informacional” se reporta ao atributo de uma organização social, em sua forma específica, em que a geração, o processamento e a transmissão da informação se tornaram elementos importantes de produtividade e poder em virtude das novas condições tecnológicas da sociedade.

Giddens, outro autor citado por Sousa (2005), acredita que a sociedade vive o período da alta modernidade, em que os efeitos da modernidade estão se tornando mais radicalizados e universalizados do que antes. Mas para Giddens os seres humanos podem submeter ao seu próprio controle o que eles criaram, a modernidade.

Castells (1999) delineia e configura o modo de desenvolvimento informacional em espacialidades sistêmicas (redes) determinadas pela produção, experiência e poder. Giddens (1991), por sua vez, dirige suas idéias para posicionar o agente numa perspectiva de reflexidade no tempo. As práticas sociais que são constantemente examinadas e reformadas à luz de informação renovada sobre as próprias práticas, modificando o caráter da mesma. Isto é, um agente que reflete diante das situações enfrentadas buscando controlá-las. (SOUSA, 2005, p. 27).

2. SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA, REDE E INTERNET
A idéia de sociedade civil organizada está ligada à associação de pessoas em entidades e movimentos em prol da cidadania, agindo de maneira participativa a fim de realizar transformações na sociedade e contribuir para a justiça e democracia, como é o caso das ONGs[1] e dos movimentos sociais. Mas não pára por aí. Essas organizações tecem, segundo a Rede de Informações do Terceiro Setor (Rits), redes de parceria para a troca de informações, articulação institucional e política e para implementação de projetos comuns.

Lacerda (2001) afirma que Ilse Scherer-Warren declara ser a década de 80 do século XX o período a partir do qual a idéia de redes nos movimentos sociais já se evidenciava. E no Brasil, esses movimentos já agiam e pensavam como redes, interconectando grupos e pessoas, até mesmo antes da internet se tornar popular no país, em 1995. A comunicação era feita pelo correio, telefone e, por vezes, fax.

Mas Lacerda (2001) diz que a definição de rede se torna visível na atualidade, com as novas tecnologias, com a noção de computadores interconectados que compõem redes de circulação de dados. Haveria assim a possibilidade das redes de movimentos sociais estarem conectados num sistema de comunicação mediada por computadores.

Com a internet, as organizações não-governamentais e as entidades civis têm a chance de divulgar com maior velocidade e para mais pessoas suas reivindicações e de desenvolver espaços de interação e de mobilização pelos direitos da cidadania, sendo chamado de ciberativismo. Isso é possível a partir das ferramentas de intervenção disponibilizadas pela internet, como campanhas virtuais, correio eletrônico, fóruns, salas de discussão e árvores de links.

A Internet veio dinamizar esforços de intervenção dos movimentos sociais na cena pública, graças à singularidade de disponibilizar, em qualquer espaço-tempo, variadas atividades e expressões de vida, sem submetê-las a hierarquias de juízo e idiossincrasias.
(…) É uma arena complementar de mobilização e politização, somando-se a assembléias, passeatas, atos públicos e panfletos. (MORAES, 2001, p. 3)

A sociedade civil organizada tem com a internet um modelo alternativo de expressão, que é interativo e contribui para a redução da dependência aos meios tradicionais. As vantagens das quais ela pode desfrutar com a comunicação online vão além do barateamento dos custos, da sua abrangência e da velocidade de transmissão. A web cria condições para a liberdade de expressão, possibilitando a ruptura com as diretivas ideológicas e mercadológicas da mídia e a autonomia para deflagrar campanhas, de denúncias, por exemplo (MORAES, 2001, p. 4).

Moraes (2000) cita uma cibercampanha promovida pela Federação Internacional dos Sindicatos em Indústrias Químicas (Icem) em 1996, quando a opinião pública foi mobilizada através da internet contra a decisão do conglomerado japonês Bridgestone-Firestone de substituir 2.300 trabalhadores em greve de suas usinas nos Estados Unidos. A Federação convocou pela web as 150 organizações afiliadas à Icem a entrarem em seu site e mandarem e-mails para uma relação de pessoas que ela havia selecionado e disponibilizado, para tanto, os respectivos endereços eletrônicos. A mídia internacional noticiou o fato e a empresa teve que ir a público se explicar.

Essa intervenção rápida proporcionada pela web evidencia a importância da sociedade civil organizada em utilizá-la como ferramenta na democracia. Não para substituir a democracia por meio do voto, mas para organizar grupos de discussão, plebiscitos e consultas, disseminando informações na sociedade (MORAES apud CASTELLS, 2001, p. 10).

Mas Moraes (2001) acredita que a internet seja um dos meios de comunicação para a construção da cidadania mundial e não que esteja separado dos confrontos sociais concretos.

(…) percebo uma relação de confluência, de acréscimo e de sinergia entre o concreto e o virtual, resultante, de um lado, da progressiva hibridação tecnológica e, de outro, do somatório de possibilidades que nenhuma das partes, isoladamente, alcançaria. Julgo perfeitamente viável combinar os instrumentos de ação político-cultural que ambos fornecem, sem perder de vista que é no território físico, socialmente reconhecido e vivenciado, que se tece o imaginário do futuro. (MORAES, 2001, p. 14).


3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante de novas tecnologias e de um mundo globalizado, a sociedade civil organizada, já familiarizada como a noção de rede, entendeu o potencial da internet para a disseminação de reivindicações, para construção de espaços de interação e para fomentação de mobilizações em prol da cidadania.

Pode-se retomar a análise feita por Giddens no que se refere à modernidade e a seus efeitos. A sociedade civil organizada submeteu a seu controle às tecnologias da comunicação digital, tecendo uma rede de grupos e pessoas, mobilizando a sociedade e intervindo nesta independente de barreiras geográficas, fusos horários e grades de programação.

4. BIBLIOGRAFIA
LACERDA, Juciano de Sousa. Movimentos sociais, redes e comunidades virtuais: um olhar sob vários ângulos da Rede Brasileira de Comunicadores Solidários à Criança. 2001. Disponível em: <http://www.bocc.ubi.pt>. Acesso em: 10 mai. 2008.

MORAES, Dênis de. Comunicação virtual e cidadania: movimentos sociais e políticos na Internet. Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, v. 23, n. 2, p. 142-155, 2000. Disponível em: <http://ojs.portcom.intercom.org.br/index.php/rbcc/article/viemfile/759/545>. Acesso em: 10 mai. 2008.

_____________. O ativismo digital. 2001. Disponível em:<http://www.bocc.ubi.pt>. Acesso em: 12 mai. 2008.

REDE DE INFORMAÇÕES DO TERCEIRO SETOR. O que são redes? Disponível em: <http://www.rits.org.br/redes_teste/rd_oqredes.cfm>. Acesso em: 25 mai. 2008.

SOUSA, Carlos Alberto Lopes de. ONGs e Internet: da ação educativa e política no lugar ao ciberespaço. 2005. Tese (Doutorado em Ciências Sociais). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo. Disponível em: Acesso em: 24 mai. 2008. Disponível em: <www.dhnet.org.br>. Acesso em 24 mai. 2008.

[1] ONGs é o mesmo que Organizações Não-governamentais.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Resenha Crítica: Natura e Planejamento Estratégico de Marketing

Helton Haddad Silva et al. (2006), no livro Planejamento Estratégico de Marketing, afirma que planejamento estratégico “direciona as ações da empresa em busca de resultados, lucros, crescimento e desenvolvimento que assegurem seu sucesso.” A empresa com o planejamento estratégico definido, agregando ainda o marketing, apresenta um melhor aproveitamento das oportunidades e dos problemas do mercado.

Seis passos são identificados por Silva et al. (2006) para a elaboração do Planejamento Estratégico de Marketing (PEM): conceituação básica da empresa (visão, valores empresariais, políticas adotadas, missão e definição do negócio); consideração dos fatores críticos de sucesso e avaliação de possíveis cenários de negócios; identificação de oportunidades de mercado; montagem da arquitetura estratégica; definição de programas de ações para a implementação das estratégias e para atingir os objetivos; e reavaliação de todos os passos com o feedback e o controle do Planejamento Estratégico de Marketing.

Quando parte-se para observação da Natura Cosméticos S/A, identifica-se uma coerência de suas ações com o cenário social e de mercado, inferindo assim que a empresa adota um planejamento estratégico. A seguir, para embasar essa dedução, algumas iniciativas da empresa serão escolhidas e relacionadas a etapas da elaboração de um PEM.

Em seu site, a Natura disponibiliza informações sobre a empresa, como Visão de Mundo, Razão de Ser, Crenças, Princípios de Relacionamento Natura e Políticas Natura. Segue abaixo a descrição da empresa sobre três desses pontos:

  • Visão de Mundo: “A Natura, por seu comportamento empresarial, pela qualidade das relações que estabelece e por seus produtos e serviços, será uma marca de expressão mundial, identificada com a comunidade das pessoas que se comprometem com a construção de um mundo melhor através da melhor relação consigo mesmas, com o outro, com a Natureza da qual fazem parte e com o todo.”
  • Razão de Ser: “Nossa razão de ser é criar e comercializar produtos e serviços que promovam o Bem-Estar/Estar Bem.”
  • Crenças: “A vida é um encadeamento de relações. Nada no universo existe por si só. Tudo é interdependente. Acreditamos que a percepção da importância das relações é o fundamento da grande revolução humana na valorização da paz, da solidariedade e da vida em todas as suas manifestações...”

O Programa Crer Para Ver e a produção sustentável de seus produtos são alguns exemplos de ações planejadas. Essas duas iniciativas são coerentes com as definições da empresa já apresentadas.

O Crer Para Ver é um programa de caráter solidário e ambiental. Os recursos somados com a venda dos produtos do programa, como camisetas, sacolas de compras, lápis de cor, caixas de presentes, são investidos em projetos que contribuem para a melhoria do Ensino Público do Brasil. E é um programa preocupado com a ambiente na medida que grande parte de seus produtos são confeccionados a partir de material reciclado.

O cuidado com uma produção sustentável de seus produtos, buscando uma menor agressão a Natureza, é característica de algumas ações implementadas pela Natura. Segundo a empresa, em 2007 ela introduziu em sua “perfumaria o álcool vegetal orgânico, produzido de forma sustentável, livre de queimadas e cultivado sem agrotóxicos e adubos químicos.” A opção para os consumidores de compra de refil de seus produtos, também faz parte da sua produção sustentável, pois é feito de um material que pode ser reciclado.

As iniciativas apontadas nos dois parágrafos anteriores podem ser vistas como ações decorrentes de uma avaliação de possíveis cenários de negócios, para compreender, por exemplo, aspectos favoráveis e não-favoráveis à introdução das linhas dos produtos citados, e de uma identificação de oportunidades de mercado, buscando inovações de produtos e tecnologia. Possivelmente, a Natura tenha identificado que empresas contemporâneas estavam se lançando às ações solidárias, tornando-se instituições com responsabilidade social. Assim como, tenha observado o aumento da discussão sobre questões ambientais e a consciência da população, clientes e possíveis clientes, sobre a não-degradação do ambiente, e por conseguinte, uma crescente demanda por produtos de qualidade mas que respeitem a Natureza. A atitude de ser uma empresa com iniciativas sociais e “comprometida com o planeta”, como ela se denomina, contribuiu para o fortalecimento de sua marca.

Pode-se ver que as ações não foram aleatórias, soltas, mas certamente partiram de um planejamento estratégico de marketing.

REFERÊNCIAS

SILVA, Helton Haddad et al. Planejamento estratégico de marketing. 3ª ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006.

NATURA COSMÉTICOS S/A. Disponível em: <www.natura.net>. Acesso em 28 abr. 2008.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Tecnologias digitais: ferramentas na aprendizagem

RESUMO

As Tecnologias digitais têm sido utilizadas como ferramentas no processo aprendizagem, tanto por reunir várias mídias, como pela possibilidade de transpor barreiras do espaço e do tempo, como é o caso da Internet, ambiente virtual de construção do conhecimento.

Palavras-Chave: tecnologias de comunicação e informação, cibercultura, aprendizagem.

1. INTRODUÇÃO

Mesmo existindo ainda no século XXI pessoas que tentam resistir às novas tecnologias, são inegáveis as mudanças na sociedade como resultado da presença do digital no dia-a-dia de todos, ou quase todos. Seja em casa, no ônibus, na caminhada, no trabalho, as tecnologias digitais de comunicação e informação atingiram diversos ambientes, muitas vezes como forma de entretenimento e, outras, de aprendizagem.

Quem consegue se imaginar fazendo uma pesquisa acadêmica e não utilizar a internet como ferramenta? Qual garoto ou garota hoje nunca brincou com os jogos digitais? São muitas as influências dessas novas tecnologias na rotina das pessoas, principalmente após o surgimento do computador pessoal e da internet. E diversos estudos têm buscado compreender as conseqüências da informática e suas aplicações, aliada à comunicação, por exemplo para a aprendizagem, para a construção do conhecimento.

2. APRENDIZADO PELAS NOVAS TECNOLOGIAS

Com o desenvolvimento de novas tecnologias e o envolvimento das pessoas com essas, mudanças na sociedade podem ser identificadas. No tempo de hoje, essa nova cultura é chamada de cibercultura. Santos apud Lúcia Santaella (2003) entende que com o surgimento de um novo meio de comunicação, um ciclo cultural próprio a este também aparece. Ela acredita que as mídias, as suas formas de socialização e a cultura criada por elas são inseparáveis.

Carolino apud D’Andrea (2007) dá um exemplo de uma mudança social acarretada pelas Tecnologias de Comunicação e Informação:

Dentre as principais mudanças sociais acarretadas pelas TCIs não podemos deixar de considerar a ressignificação da noção de espaço e tempo alterada pela atual facilidade de se estabelecer comunicação, com qualquer localidade, sem deslocamento físico, e seus impactos sobre as chamadas identidades culturais, que tradicionalmente estiveram vinculadas ao compartilhamento de um território comum e estão hoje mais susceptíveis a influência de outras variáveis (CAROLINO apud D’ANDREA, 2007, p. 30).

Agora, as informações podem ser digitalizadas, seja som, imagem, gráficos, textos (multimídia)[1], e podem circular por qualquer parte do mundo. Variadas pessoas podem interagir entre si, por meio do bate-papo, listas de discussão, podem ler artigos, dissertações das mais distantes universidades, podem disponibilizar textos para o livre acesso… são várias as possibilidades de interação. E essa interação faz da Word Wide Web[2] (www). Um espaço rico para aprendizagem, onde não há mais distinção entre receptores e emissores, todos constroem e reconstroem conhecimentos; os usuários da rede são agentes ativos.

A escola percebeu a potencialidade das tecnologias digitais e as absorveu para a educação de seus alunos. Mas é importante perceber que as novas tecnologias aplicadas à educação requerem uma nova postura tanto do professor como do aluno. O educador precisa, diante das possibilidades apresentadas pelo mundo digital, estimular a pesquisa, a curiosidade, o debate, propor problemas; precisa estar aberto às mudanças nas formas de educar. E os alunos, devem buscar o aprendizado, ao invés de apenas receber informações e conteúdos.

No que diz respeito à interação de crianças com as tecnologias digitais, utilizadas principalmente através de jogos lúdicos em CD-ROM ou online, e o conseqüente aprendizado, mesmo o ambiente não sendo dito “educativo”, Viana (2005) cita Sérgio Caparelli. Este admite que as crianças produzem significados e adquirem linguagem através do relacionamento com jogos de computador.

Na troca de informação com estes jogos, entendidos como sistema de linguagem, a criança atua, tentando controlar as condições entrópicas em que se dá esse relacionamento, re-significando as informações que recebe nesse ambiente. (VIANA apud CAPARELLI, 2005, p. 57).

Seja por meio de jogos, da internet, ou de outras tecnologias digitais, a potencialização dessas ferramentas é individual. Cabe a cada um o compromisso com a aprendizagem.

Os novos espaços de aprendizagem, que se apóiam primordialmente no uso do computador e da internet, potencializam novas formas de ensinar e de aprender, na perspectiva do conhecimento em rede, na qual cada nó é ponto de partida e de continuidade para novas conexões, dependendo dos interesses, dos objetivos e de acordo com a percepção de cada indivíduo inserido nesta teia de conhecimento. (CAROLINO, 2001, p. 34)


3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Mesmo diante das inovações tecnológicas apresentadas a humanidade, o aprendizado continua sendo de responsabilidade dos co-atores da informação, seja ele ora receptor, ora emissor. Cabe a cada um a busca pela construção do conhecimento. As tecnologias são ferramentas e não o conhecimento em si.

3. BIBLIOGRAFIA

CAROLINO, Jussara de Abreu. Contribuições da pedagogia de projetos e do uso das tecnologias de informação e comunicação (TICs) para o ensino de geografia: um estudo de caso. 2007. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade de São Paulo, São Paulo.


PASSERINO, Liliana Maria. Informática na educação infantil: perspectivas e possibilidades. In: ROMAN, Eurilda Dias; STEYER, Vivian Edite. (Org.). A Criança de 0 a 6 anos e a Educação Infantil: Um retrato multifacetado. Canoas, 2001, p. 169-181.


SANTOS, Edméa dos; OKADA, Alexandra. A construção de ambientes virtuais de aprendizagem: por autorias plurais e gratuitas no ciberespaço. 2003.


VIANA, Claudemir Edson. O lúdico e a aprendizagem na cibercultura: jogos digitais e internet no cotidiano infantil. 2005. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação). Universidade de São Paulo, São Paulo.



[1] Multimídia é a técnica para apresentar informações que mescla texto, som, imagens fixas e animadas.

[2] Word Wide Web (www) é uma coleção baseada em hipertexto de computadores na Internet que permite viajar de um documento vinculado a outro, mesmo que esses documentos residam em muitos vervidores diferentes (CAROLINO apud HEIDE;STILBORNE, 2000)